Síndrome da Córnea Frágil (SCF)
O que é
é uma condição rara que afeta a córnea, a parte transparente do olho que cobre a íris e a pupila. Caracteriza-se por uma fragilidade anormal da córnea, que pode levar a várias complicações oculares.
é uma doença ultrarrara que afeta menos de 1 em 1 milhão de pessoas.
Sinais e Sintomas
- Fragilidade da Córnea: A córnea se torna mais fina e mais frágil do que o normal, o que pode resultar em deformações ou lesões fáceis.
- Propensão a Lesões e Ulceracões: A fragilidade da córnea aumenta o risco de lesões, úlceras e cicatrização deficiente.
- Problemas Visuais: Pode causar visão embaçada ou outros problemas visuais devido à deformidade ou dano na córnea.
- Sensibilidade Ocular: Pode levar a uma maior sensibilidade a luzes brilhantes ou ao vento.
Base Genética
A Síndrome da Córnea Frágil é causada por variações em certos genes. Essas variações afetam o tecido conjuntivo, que é o que dá suporte e estrutura ao nosso corpo.
A Síndrome da Córnea Frágil está ligada a mudanças nos genes ZNF469 e PRDM5.
Diagnóstico
Para confirmar o diagnóstico de Síndrome da Córnea Frágil , é necessário fazer testes genéticos que vão checar se a pessoa tem as variações genéticas associadas à condição.
Para ser diagnosticado com Síndrome da Córnea Frágil, a pessoa precisa atender a um dos seguintes:
1. Critério Principal 1 e pelo menos mais um critério principal, ou
2. Critério Principal 1 e pelo menos três critérios menores.
Critérios Principais:
– Córnea muito fina, com ou sem ruptura (espessura geralmente abaixo de 400 µm)
– Ceratocone progressivo que começa cedo
– Ceratoglobo progressivo que começa cedo
– Esclera azul (a parte branca do olho)
Critérios Menores:
– Enucleação (remoção do olho) ou cicatrização da córnea devido a ruptura
– Perda progressiva da profundidade do estroma da córnea, especialmente no centro
– Alta miopia, com comprimento do olho normal ou um pouco aumentado
– Descolamento da retina
– Surdez progressiva, geralmente afetando mais as frequências mais altas (resultado de um audiograma com tendência inclinada)
– Membranas timpânicas muito flexíveis
– Displasia do desenvolvimento do quadril
– Hipotonia (musculatura fraca) na infância, se presente, geralmente é leve
– Escoliose (curvatura da coluna)
– Aracnodactilia (dedos longos e finos)
– Hipermobilidade das articulações das mãos e pés
– Pé plano, hálux valgo (dedo grande do pé virado para fora)
– Contraturas leves nos dedos, especialmente o quinto dedo
– Pele macia e translúcida
Cuidados e Manejo
O tratamento geralmente envolve cuidados oculares especializados para proteger a córnea, prevenir lesões e manter a visão o melhor possível. Isso pode incluir o uso de lentes de contato especiais, medicamentos para proteger a córnea e, em alguns casos, cirurgias corretivas.