SED Hipermóvel (SEDh)

O que é

A Síndrome de Ehlers-Danlos Hipermóvel (SEDh) é uma condição genética que afeta o tecido conjuntivo do corpo, resultando em articulações extremamente flexíveis, instabilidade articular e dor crônica. Além disso, a SEDh pode trazer outros sintomas que impactam várias partes do corpo.

Esse é o tipo mais comum de Ehlers-Danlos, representando cerca de 90% dos casos. Embora seja classificada como uma doença rara, estima-se que afete pelo menos 1 em cada 3.100 a 5.000 pessoas. No entanto, a verdadeira prevalência da SEDh pode ser maior do que se acredita.

Sinais e Sintomas

  • Você pode suspeitar de SEDh se alguém apresentar:
    • Articulações muito flexíveis
    • Instabilidade nas articulações
    • Dor crônica
    • Pele levemente elástica
    • Cicatrizes incomuns

Além disso, quem tem SEDh também pode enfrentar:

  • Fadiga constante
  • Problemas digestivos
  • Disautonomia (problemas no sistema nervoso)
  • Dores de cabeça frequentes
  • Doenças relacionadas à ativação de mastócitos

Base Genética

A causa da SEDh ainda não foi descoberta, mas sabe-se que ela geralmente é herdada de forma autossômica dominante. Isso quer dizer que, se alguém tem SEDh, há 50% de chance de passar a condição para cada filho.

Diagnóstico

Atualmente, não existe um exame de laboratório específico para diagnosticar SEDh. O diagnóstico é feito com base em critérios clínicos, principalmente em adultos. Crianças e adolescentes com articulações muito flexíveis podem ser avaliados usando critérios específicos para a idade.

Para receber o diagnóstico de SEDh, a pessoa precisa cumprir os três critérios abaixo:

  1. Ter hipermobilidade articular generalizada
  2. Ter duas ou mais das seguintes características (A, B e C)
  3. Atender a todos os pré-requisitos listados no terceiro critério.

Cuidados e Manejo

Gerenciar a Síndrome de Ehlers-Danlos Hipermóvel (SEDh) pode ser um desafio, já que não há cura. No entanto, alguns manejos e cuidados podem ajudar a melhorar a qualidade de vida:

1. Fisioterapia: Focar no fortalecimento muscular ao redor das articulações para aumentar a estabilidade e prevenir lesões.

2. Controle da dor: Uso de medicamentos prescritos, como analgésicos e anti-inflamatórios, além de técnicas complementares como acupuntura, massagens e terapia ocupacional.

3. Atividades físicas adequadas: Exercícios de baixo impacto, como natação ou caminhada, ajudam a manter o condicionamento físico sem sobrecarregar as articulações.

4. Adaptações no estilo de vida: Evitar atividades que possam causar lesões, usar suportes ortopédicos ou talas para articulações e adaptar o ambiente para facilitar as atividades diárias.

5. Nutrição e hidratação: Manter uma dieta equilibrada e uma boa hidratação pode ajudar na saúde geral dos tecidos conjuntivos e na gestão de sintomas como a fadiga.

6. Saúde mental: Consultar psicólogos ou terapeutas pode ser útil para lidar com o estresse, ansiedade e outros desafios emocionais associados à condição.

7. Educação contínua: É importante que a pessoa com SEDh e suas famílias estejam sempre informados sobre a condição e as melhores práticas para o manejo dos sintomas.

8. Monitoração regular: Visitas regulares ao médico para monitorar a progressão da condição e ajustar os cuidados conforme necessário.

9. Uso de órteses e dispositivos de assistência: Pode ser necessário para dar suporte às articulações e melhorar a mobilidade.

10. Evitar cirurgias desnecessárias: Como o tecido conjuntivo é frágil, cirurgias podem ser arriscadas e devem ser consideradas apenas quando extremamente necessárias.

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